Steve Wynn: "Quando toco sozinho sinto uma liberdade diferente"
Steve Wynn liderou os Dream Syndicate, um dos grupos pioneiros do rock independente norte-americano, no início da década de 80. Esta noite sobe ao palco do Musicbox, em Lisboa, para um concerto em que passa em revista os melhores momentos da sua antiga banda e da carreira a solo.
O que vai tocar mais logo? Temas mais antigos dos DreamSyndicate ou estará mais centrado na sua carreira a solo?
A última vez que estive em Lisboa para tocar foi em 1993, num clube chamado Johnny Guitar, já foi há muito tempo. Estava em Madrid e viemos de carro até Lisboa. Entretanto já regressei de férias, mas nunca mais atuei cá, pelo que podem esperar um pouco de tudo. De temas do The Days of Wine and Roses, o primeiro disco dos Dream Syndicate, aos dos meus discos mais recentes. Quando toco sozinho sinto uma liberdade diferente, pelo que o alinhamento depende sempre do público ou do local onde me apresento.
Como reage ao facto de o público continuar a querer ouvir sempre os temas mais antigos?
As pessoas querem sempre ouvir as músicas mais antigas. Eu próprio, enquanto fã de música, quando estou num concerto, também gosto de ouvir os temas mais antigos das minhas bandas preferidas. Mas é engraçado perceber que tenho gente cada vez mais nova nos meus concertos, muitos que ainda nem eram nascidos quando comecei a tocar.
Que tal está a correr o regresso dos Dream Syndicate, desde que se voltaram a reunir há 3 anos?
Esse regresso foi algo de muito espontâneo e acidental. Sempre tive muito orgulho do que fizemos na altura, não tenho qualquer ressentimento e gosto muito de todos os outros membros. Apenas nos separámos, na altura, porque éramos jovens e precisávamos de outros desafios. Houve um festival solidário em Bilbao, a favor de um hospital pediátrico e como a minha banda não estava disponível, lembrei-me de juntar os Dream Syndicate. Era suposto ser um concerto único, mas percebemos que ainda nos divertimos muito voltámos a atuar juntos, até hoje.
E poderá haver um novo disco?
Sem dúvida, porque queremos ter músicas novas para tocar. Estamos neste momento em estúdio, a gravar um disco que, espero, faz justiça à nossa história sem soar como uma imitação.